terça-feira, 11 de novembro de 2014

Ílhavo - Romaria à campa de Carlos Paião

Dezenas de pessoas depositaram flores no túmulo do cantor e compositor.

Após 26 anos da morte do cantor Carlos Paião, os seus restos mortais foram trasladados para o Cemitério de Ílhavo. Embora a campa ainda não esteja identificada com o seu nome, são muitos os locais que se aperceberam da situação e visitam o túmulo.

A mudança de Cascais para Ílhavo aconteceu a 15 de outubro por vontade dos pais do artista, que residem na freguesia de São Salvador, no centro histórico. "O que a mãe dele mais queria era ter o filho perto de casa. Afinal, ele é da terra e faz todo

o sentido", explica uma amiga. Desde outubro que a família quis manter em segredo a trasladação até a campa estar concluída mas, num meio pequeno, as notícias correm rápido. "Vim cá tentar ver se conseguia descobrir qual era a campa dele para lhe deixar uma flor", explicou João Santos, morador de Ílhavo.

O cantor estava sepultado no Cemitério de São Domingos de Rana, em Cascais, e agora regressa "à casa que é dele, onde cresceu e se começou a formar como pessoa e artista". "Para nós é uma honra enorme tê-lo cá e vamos receber com muito gosto todos os que o quiserem vir visitar", conta João Campolargo, presidente da Junta de Freguesia de São Salvador. "Está sepultado no talhão 8, no sítio mais antigo do nosso cemitério. Agora todos os que o quiserem visitar vão poder fazê-lo e de certeza que os moradores, com ajuda da autarquia, vão querer fazer uma homenagem assim que a sua campa estiver concluída", acrescenta.

O cantor português perdeu a vida a 26 de agosto de 1988, aos 30 anos, num acidente de viação quando se dirigia para um concerto em Penalva do Castelo. Desde então, tem sido recordado por vários músicos e bandas que cantam as suas músicas. Em 2008, foi editado um álbum de tributo ao artista português com os seus maiores êxitos.

CM / Ágata Rodrigues, 08/11/2014