segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Versos de Amor



Às onze e meia, saiu para a rua,
Com o seu fato domingueiro,
Dormindo a aldeia, brilhando a lua,
Num céu de estrelas, conselheiro
Coração quente, timidamente,
À sua porta então chamou
E abriu-se a janela e só para ela,
Triste, cantou...

Versos de amor,
Lindos esses versos de amor
Que fizera em segredo,
A sonhar, quase a medo,
Um viver tentador.
A sua vida por uns versos de amor,
Lindos esses versos de amor
Na mais terna amargura,
O silêncio murmura uma história de amor

A noite imensa, foi mais rainha,
Quando uma lágrima caiu,
Na recompensa, o amor que tinha,
Ela também chorou, sorriu
Foi tão bonito, tinham-lhe dito,
Que amar ás vezes faz doer,
Mas a dor que sentia,
Não lhe doía, dava prazer...

Versos de amor,
Lindos esses versos de amor
Que fizera em segredo,
A sonhar, quase a medo,
Um viver tentador.
A sua vida por uns versos de amor,
Lindos esses versos de amor
Na mais terna amargura,
O silêncio murmura uma história de amor

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

É Natal


Título: É Natal (tem de haver tempo para amar)
Cantor: António Mourão
Letra e Música: Carlos Manuel Marques
Produção: Mário Martins
Arranjos e Direcção de Orquestra e coros: Ferrer Trindade
Disco: DECCA, 1979 (lado B do single "Fado-Reguila)

I

Tudo o que se quer ter em cada Natal
É sempre amor e Paz
Sempre que o Natal é mais que um Pai Natal
Com tudo que nos traz
Vem na fantasia
Traz-nos alegria
Deixa-nos sonhar agora
Mas que bom seria se no dia-a-dia
Nunca o Natal fosse embora

refrão

É Natal, É Natal
A vida dói-nos mas
É Natal, não faz mal
Chegam amigos que como tal no Natal vêm lembrar
Que o Natal sempre igual é pra cantar BIS

É Natal, É Natal,
Tem que/de haver tempo pra amar
É Natal, É Natal,
Tem que/de haver tempo pra amar

Instrumental: guitarra, sinos

II

Tudo o que se diz num dia de Natal
São coisas sem rancor
Tudo o que se faz é sempre tal e qual
Um sonho só de amor
Mas como é normal
Tudo tem um final
Irá cair de novo o pano
E como ideal é pena que o Natal
seja uma só vez por ano

refrão

É Natal, É Natal,
Tem que/de haver tempo pra amar
É Natal, É Natal,
Tem que/de haver tempo pra amar

5X

http://www.youtube.com/user/Saltapaterra

sábado, 19 de dezembro de 2009

Jorge Jacinto


O fotógrafo Jorge Jacinto é mais conhecido pelo seu trabalho nos tempos áureos da revista TV Guia. Colaborou também com a revista TV Top (de onde era a imagem aqui apresentada) e outras publicações.

Revista TV Top nº 90 (1982) - receita "Rojões à Moda de Aveiro"
autores do artigo/reportagem Manuela Gonzaga / Jorge Jacinto (Fotos)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Rui Amorim

Em 1990, o cantor Rui Amorim foi acompanhado pela Banda Pátria na gravação do seu disco de estreia.

Mais tarde Rui Amorim acabaria por gravar, no seu álbum "Viagem Sem Tempo", editado em 1997, uma faixa intitulada "Recordar Carlos Paião".

http://www.ruiamorim.com/viagem.html

Se tu pudesses hoje ouvir esta canção
Talvez até quisesses entrar no refrão
De um lado as coisas sérias
Palavras bonitas
Do outro as brincadeiras, o pião das nicas.

Vou fazer-te uma canção em playback pois então
Cinderela das histórias, faz bater meu coração
Discoteca, pó de arroz, arco iris lá no céu
Recordar a tua voz, num pedaço ainda teu

Se nos versos de amor falavas com verdade
Tanta alegria e dor em troca de saudade
De um lado o tempo passa sem dizer adeus
Do outro ficam versos e sorrisos teus.

Vou fazer-te uma canção em playback pois então
Cinderela das histórias, faz bater meu coração
Discoteca, pó de arroz, arco iris lá no céu
Recordar a tua voz, num pedaço ainda teu

E chegam namorados sorridentes mão na mão
As marchas populares, o S. Bento e o S. João
Também não sou poeta, meia dúzia e outras mais
Mas não posso esquecer a que fizeste a teus pais

Vou fazer-te uma canção em playback pois então
Cinderela das histórias, faz bater meu coração
Discoteca, pó de arroz, arco iris lá no céu
Recordar a tua voz, num pedaço ainda teu

O meu tributo a carlos paião

Rui Amorim

sábado, 5 de dezembro de 2009

Serafim Saudade



O Verdadeiro Artista - Serafim Saudade (LP, EMI, 1985)

Serafim Saudade
O Meu Automóvel
Tango Para Portugal
Mulher, Mulher
canção Universal da Esperança em Portugal (co-autoria com Henrique Amoroso)
Diz-lá
O Verdadeiro Artista
mentirosa
Tempestade de Ciúme
Prás Sogras Que Encontrei Na Vida
Vento, Ventinho
Adeus, Publicuzinho
O Verdadeiro Artista/O Meu Automóvel (Single)

Texto no site Cdgo:

Serafim Saudade foi talvez o personagem que mais popularizou e identificou o seu criador, Herman José e o seu programa Hermanias.

A fórmula já tinha sido testada em 1981 com a figura do Tony Silva que inclusive editou nesse ano no formato single o êxito "Tony Silva Canta Música Ró".

Quatro anos mais tarde surge Serafim Saudade, mitico cantor pimba e tido como o Verdadeiro Artista (será que Marco Paulo saíu a lucrar ?...).

O certo é que houve sempre uma perfeita diálise entre Serafim Saudade e o seu publicuzinho que nunca perdia as cantorias e as famosas anedotas sem graça com que entretinha a assistência... "Querem outra?" e contava mais uma.

O certo é que o personagem com cabelo de manjerico ficou para a posterioridade assim como o autor de todas as músicas- Carlos Paião. Este LP tem o condão de mostrar as grandes qualidades de escrita e composição de Carlos Paião e para quem admira este autor o registo mostra bem essa parte de génio das coisas simples.

Infelizmente nem sempre o destino simpatiza com tais qualidades humanas e deixa por vezes um sabor amargo para quem pedia mais do mesmo... como dizia o Provedor Eclesiástico Diácono Remédios "... o artista é um artista, não havia nechexidade..."

Edição original da EMI/ Vecemi. Vinil usado, raro e em muito bom estado.

Capa de abrir com as letras (inclui o pente original personalizado como faz referência na edição).

Por: Francisco J. Fonseca / CDGO

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Lá Longe Senhora


Carlos Paião participou no Festival de Tóquio de 1985 com "Lá Longe Senhora".

http://users.telenet.be/wpsf/WPSF1985.htm

Senhora da minha fé sabes como é ter recordações
Quantas vezes te chamei, quantas te rezei minhas orações
Quero ver a minha terra Senhora
Para ver a minha gente sonhar

Senhora da minha luz, a que me conduz onde posso ir
Cada dia aqui me tens, cada dia vens ouvir-me pedir
Quero ver a minha terra Senhora
Para ver a minha gente sorrir

É bonita a minha terra e agora, ai agora
Esconder esta saudade é mentir

REFRÃO: E lá longe, lá longe, Senhora
Há pessoas que eu quero abraçar
De tão longe viemos embora
E dói muito partir sem voltar

De tão longe viemos embora
E dói muito partir sem voltar

Senhora da minha esperança que não se cansa de me dizer
Que sonhar só tem valor onde houver amor para se viver
Quero ver a minha terra Senhora
Para ver a minha gente crescer

É bonita a minha terra e agora, ai agora
Conhecer esta saudade é morrer

http://vagalume.uol.com.br/carlos-paiao/la-longe-senhora.html

Foi lançado em 1986 como lado B do single "Cegonha".

sábado, 21 de novembro de 2009

My Tie

Aí está ele, finalmente no MySpace, a versão adaptada dos My Tie para o tema "Playback" do saudoso Carlos Paião. Reza a lenda que este seria o 10º tema no alinhamento do álbum de estreia dos My Tie, "The Prize", mas que por problemas de vária ordem nunca o chegou a ser (ainda que o #10, especificamente, apareça no alinhamento do CD). A muito boa onda dos nabantinos Gaio (voz), Zero (guitarra), Cláudio (guitarra), Gaspar (bateria) e Carolas (baixo). Bem sacado…

http://www.myspace.com/mytie versão de "Play-back" em inglês


A maior curiosidade é mesmo o facto de terem optado pela versão em inglês. Essa versão, gravada em 2004, foi incluída no single promocional "The Entrance" e colocada depois no Myspace do grupo.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Herman José


Disse Herman: -"Um tipo que, dentro em breve, será dos autores mais importantes da música portuguesa."

in Correio da Manhã, 31 de Agosto de 1980

a propósito do novo single, Bailarico, da autoria de Paião: -"...uma tentativa de fazer uma coisa mais ou menos digna, com ritmo, bem cantada e com bom balanço. A nível de singles é das coisas mais engraçadas que eu já fiz..."; "...é a aproximação daquele lugar que quero ocupar."

in A Tarde, 4 de Julho de 1980

"...como seriamente confessa ao DN ter chorado, este homem do riso, quando morreu Carlos Paião": "não aguentei ao ver o rosto daqueles pais, que tinham perdido a sua única razão de ser. Nunca tinha chorado assim na vida."

in Diário de Notícias, 18 de Abril de 1992

Lembram-se da música Playback, no Festival da Canção? Depois de cantada por Carlos Paião, ficou na boca de todos... Além da relação profissional que mantinha com Herman, Paião era amigo dele. Por diversas vezes, escreveu-lhe letras e músicas, como algumas do album Surpresa, e o single Bailarico.

http://www.citi.pt/hermanet/carlos_03.html

"É difícil imaginar este tipo - que adora fazer palhaçadas diante das câmaras de televisão, que enfrenta o público com o à-vontade de quem recebe meia dúzia de amigos na sua casa, que canta coisas tão insólitas como "A Canção do Beijinho" - sentado quase sem sorrir, a conversar sobre projectos, ideias, fazendo o ponto da sua carreira. (...) o seu êxito mais recente, a "Canção do Beijinho", que caiu no gosto das gentes, subiu ao Top das mais vendidas. (…) 'Já se venderam mais de 40 mil discos. Vamos a ver se chego ao disco de ouro.'"

in Correio da Manhã, 31 de Agosto de 1980

http://www.citi.pt/hermanet/fram_fla_krippall.html



Para o novo disco, editado em 2009, Herman José recuperou três temas de Carlos Paião: "Apaixonado", "Tango a Portugal" e "O Meu Automóvel".

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Norberto de Sousa



Pedro e Paulina/Pedro e Paulina (Cante Você Mesmo) - Norberto de Sousa (Single, Polygram, 1982) 6031224
A série era protagonizada por Florbela Queirós e Armando Cortez. Norberto de Sousa foi casado com Florbela Queirós.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

António Sala

«Conheci o Carlos Paião algum tempo antes do lançamento daquele que viria ser o seu 1º disco. Foi-me apresentado por dois amigos, um infelizmente também já desaparecido, Henrique Amoroso. O outro foi o Produtor Mário Martins, grande responsável pela sua descoberta e principal impulsionador de toda a sua carreira discográfica.

Logo aí nasceu uma amizade muito forte e uma enorme ligação afectiva e de trabalho entre mim e o Carlos Paião, que se estendeu igualmente às nossas famílias. Foi um privilégio para mim e o Luís Arriaga trabalhar em televisão na área criativa, com o Carlos. Foi muito estimulante, porque a sua capacidade inventiva era tão grande e de tanta qualidade, que nos obrigava a ir aos nossos limites e a desenvolver as nossas aptidões para o conseguir acompanhar minimamente.

Os nossos maiores esforços eram para o Carlos coisas absolutamente fáceis de ele fazer.

Tinha uma veia criadora invulgar, como guionista, poeta e músico. Um compositor e autor simplesmente fantástico. Nos espectáculos era de um enorme profissionalismo. Tinha o seu espectáculo meticulosamente montado. Era de uma seriedade de processos imbatível. Cuidados levados ao extremo com as suas equipas, o som, as luzes, o reportório, a imagem, a sua forma divertida de comunicar. Aquele estilo meio tímido, meio brincalhão, resultado de uma inteligência invulgar e com intuição do equilíbrio perfeito e único num homem muito culto.

No seu quotidiano era uma pessoa "loucamente" divertida. Sabia criar muito bom ambiente e era muito amigo dos seus amigos. Gostava de pregar partidas aos que o rodeavam.

Apesar de uma grande timidez, o Carlos vencia por vezes essa sua característica, com posturas que se poderiam considerar "politicamente incorrectas". Tinha enormes qualidades, destaco a seriedade, lealdade, sentido de justiça e espírito solidário.

Apesar de ter uma licenciatura em medicina, sempre que o consultávamos sobre assuntos relacionados com saúde "fugia" do tema a sete pés. Brincava de forma descomplexada com aquilo que considerava a sua "falta de vocação" e apontava logo para a sua mulher, a Dr.ª Zaida - também ela médica - para ser ela a responder a qualquer dessas questões. Se insistíamos com ele gracejava dizendo coisas do tipo "...tu queres mesmo é morrer! Não tens amor nenhum à vida! Queres mesmo que seja eu a tratar-te? OK, vamos lá tratar do burro" e outras frases do género.

Tinha todas as receitas, mas para a "medicina" da música, para isso sim, tinha sempre os melhores "remédios" em notas musicais e poemas ou textos. Felizmente estão aí para se ouvir e ler. Como são fantásticos e intemporais. Carlos Paião foi um artista genial e um homem maravilhoso. Uma das melhores pessoas que passou pela minha vida.

Ainda hoje choro a morte deste amigo e o seu desaparecimento foi dos momentos mais dolorosos que vivi. Sobram-me felizmente muitas e boas recordações. Espectáculos que fizemos juntos em Portugal e no estrangeiro. Também televisão e muita rádio.

O Carlos valorizou o meu programa "Despertar" com participações que foram inesquecíveis. Ficam entre nós vários discos, canções e acima de tudo a cumplicidade de ter partilhado uma amizade única com um homem e artista de talento único. Carlos Paião é um dos melhores criadores musicais do século XX no nosso País.»

António Sala

(Prefacio do livro "Inspirada na Minha Paixão - Carlos Paião 1957-1988")

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

José da Câmara

Ai Fadinho - José da Câmara

Em 1991  é lançado um disco de José da Câmara que contou com a colaboração de Mário Martins. Um dos temas é "Ai Fadinho" da autoria de Carlos Paião.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Maria do Deserto


O SEU MUNDO

“A morte é a única certeza na vida. Contudo, quando ela chega deixa, nos que ficam, um profundo sentimento de espanto!”

Hobbies levados a sério

Natural de Penafiel, há mais de 40 anos que Maria do Deserto se dedica igualmente à pintura. Esta foi outra forma de expressar a sua arte. Uma forma que a escritora e fotojornalista admite ser um hobby mas que, nem por isso, é deixada de levar a sério. Já foram dezenas as exposições com a assinatura desta artista.

UMA INSPIRADORA PAIXÃO

MARIA DO DESERTO, ASSOCIADA E AUTORA DA BIOGRAFIA OFICIAL DE CARLOS PAIÃO

Fala com... e de paixão. Sobretudo, Maria do Deserto fala com a paixão de quem ama o que faz. De quem vê na arte uma das mais nobres formas de expressão, de comunicação... provavelmente até de sobrevivência. Quando a editora Literatura em Movimento a convidou para escrever a biografia oficial de Carlos Paião, o artista português autor de músicas tão carismáticas como "Pó de Arroz", "Cinderela" e "Play-Back", a multifacetada escritora abraçou logo o projecto.

É que apesar de pessoalmente não conhecer o artista, admite que sempre admirou o seu trabalho. As letras das músicas eram absolutamente fantásticas, sobretudo pela ligação que muitas vezes fazia ao universo infantil. Hoje, com a obra concluída, conta que passou a admirá-lo também enquanto ser humano.

A verdade é que 20 anos depois da sua trágica morte, em 1988, nenhuma biografia de Carlos Paião havia sido editada. E a responsabilidade de ser a primeira a fazê lo não inibiu Maria do Deserto, que abraçou o universo do cantor, indo ao encontro de familiares e amigos para a recolha de depoimentos. Não tive qualquer entrave na realização desta obra.

As pessoas que contactei foram extremamente solícitas participar. Desde a viúva aos pais, passando pelos amigos. Todos se disponibilizaram . A obra contém testemunhos de pessoas que se foram encontrando, ao longo do tempo, com Carlos Paião. Podemos assim encontrar familiares, amigos de infância e de profissão e pessoas relevantes no mundo artístico como António Sala, Ramón Galarza, Simone de Oliveira, Nicolau Breyner, Carlos Quintas, Pedro Couceiro, Pedro Calvinho, Henrique Feist, Olga Cardoso, Tozé Brito, Luís Andrade (RTP) Bagão Félix, Luís Filipe Aguiar, Lenita Gentil, Florência, Ana, Mara Abrantes, Peter Petersen, Luís Arriaga, Rui Nova, Herman José, Filipe La Féria, Rui de Carvalho ou Joel Branco. E porque assegura Maria do Deserto a escrita é um imenso mar de paixões e ambições que vale a pena viver , os projectos literários não vão parar por aqui. Apesar de não abrir totalmente a cortina, Maria do Deserto lá nos confessou ter vários projectos entre mãos, nomeadamente outra biografia, além de um livro para crianças, de resto a sua grande paixão.

Susana Marvão
REVISTA MONTEPIO 39, Outono de 2009

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Alexandra


Passeio de Charrete/Pólvora (Single, Rossil, 1981) 

    Passeio de Charrete - autoria de António Rosa e Carlos Paião 

    Pólvora - autoria de Carlos Paião e António Sala 

Os dois temas foram interpretados no programa Sabadabadu especial de fim de ano - 1981

Tudo Acabou - Alexandra (1988) 

Aparece numa compilação de Alexandra editada em 1988. "Tudo Acabou" foi regravado em 1993 por Fafa de Belém.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

José Alberto Reis


José Alberto Reis participou no Festival RTP da Canção de 1989 com uma composição de Carlos Paião ("Palavras Cruzadas") tendo ficado em 4º lugar.

Com outra das canções deixadas por Carlos Paião ("Sol Maior") representou Portugal num certame realizado em Xangai.

Notas: "Sol Maior" foi gravado em 1994, no disco "Alma Rebelde". Aparece também no disco de colaborações lançado em 2006; "Palavras Cruzadas" não chegou a ser gravado.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Sam The Kid


Playback (Instrumental) (Tributo a Carlos Paião)
Artista: Sam The Kid
Data: 2008
Editora: Farol


O tema faz parte do tributo editado pela Farol. Anteriormente já tinha sido referido por Sam The Kid que apreciava os Festivais da Canção e também o trabalho de Carlos Paião.

No tema "Juventude (é Mentalidade)" do disco "Pratica(mente)" aparece uma referência a Carlos Paião:

momento sem esperanças com motivação de reformado,a minha meta é trabalho e no meu ganhar mais,aki o fechado mas é achado noutros locais,assim a vida existe depois do caixão,ressureição estilo Carlos Paião,respiração, não concordes com recordes amanhã já não são, segue a intuição que não engana como algodão"

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Tributo a Carlos Paião

Tributo A Carlos Paião (CD, Farol, 2008)

01. Rui Veloso - Cinderela
02. Tiago Bettencourt e Mantha - Pó de Arroz
03. Donna Maria - Vinho do Porto
04. Filipa Cardoso & Fábia Rebordão - Cegonha
05. Pólo Norte - Eu não sou Poeta
06. Perfume - Versos de Amor
07. Balla - Não há duas sem três
08. MESA - Senhor Extraterrestre
09. Loto - Telefonia
10. M.A.U. - Ga-gago
11. Sam The Kid - Playback (Instrumental)
12. 4Taste - Playback
13. Oioai - Discoteca

Tributo

Spot

Paião revisitado 20 anos depois da sua morte

Para assinalar 20 anos sobre a morte de Carlos Paião, é editado um tributo ao cantor dos anos 80, onde 13 artistas da nova geração - como Tiago Bettencourt, Donna Maria ou Mesa - prestam homenagem ao compositor de Playback. As únicas excepções são as presenças de Rui Veloso e Pólo Norte.

Carlos Paião morreu a 26 de Agosto de 1988, vítima de um acidente de viação, tinha apenas 30 anos. Mas o seu legado tornou-se um dos mais importantes para a música pop nacional, mesmo que a sua carreira tenha sido bastante breve. "É um músico que ficou no imaginário popular", referiu Rui Veloso ao DN, que em Tributo a Carlos Paião fez uma versão do muito conhecido Cinderela. O músico contou como conheceu Paião: "estava ele na Valentim de Carvalho, a tocar piano, sendo que assinámos contrato curiosamente na mesma altura".

Ao DN David Benasulim, A&R da editora e um dos responsáveis por este projecto, referiu que "a estratégia para este disco" foi "buscar sangue novo aos vários quadrantes da música nacional e a partir daí construir algo harmonioso, respeitando sempre o repertório de Carlos Paião". E ao longo dos treze temas que preenchem este tributo poderão ouvir-se artistas de hip hop, de fado, de punk, da electrónica até à pop/rock mais convencional.

O eclectismo de Carlos Paião foi uma das características apontadas por Miguel Majer, membro dos Donna Maria, que reinterpretaram Vinho do Porto. "A criatividade dele era muito forte, navegava em várias águas, em vários estilos. Foi mesmo um excelente letrista e compositor", referiu o músico.

David Benasulim confessou mesmo que esta compilação vem "reflectir o espírito ousado e brincalhão de Carlos Paião".

No tributo tanto estão presentes os temas de maior sucesso do compositor, como por exemplo Cinderela, Pó de Arroz ou Playback, como outros que o músico compôs para vozes alheias. É disso exemplo O Senhor Extra-Terrestre, que foi interpretado originalmente por Amália Rodrigues e que agora foi recriado pelos Mesa.

JOÃO MOÇO/Diário de Notícias, 30/09/2008

sábado, 3 de outubro de 2009

Carnaval Infernal





Comemorar a época carnavalesca no Inferno é um diversão diabólica representada por um Lobo Punk, um Anjo Rico, um Pobre Diabo e uma Bruxa Casamenteira, que dialogam rimando à maneira vicentina.
Abrilhantam a função três cantores: Carlos Mendes, Carlos Paião e Joel Branco.

Esta peça foi exibida pela R.T.P. em 1986

Realização Manuel Varela
Texto : Carlos Correia

Peça



quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Eu Não Sou Poeta (letra)

Quem me dera saber
Fazer versos, rimar
Para um dia escrever
Que tu és a mulher que eu quero amar

Quem me dera fazer poesia
Inspirada na minha paixão
Inventar sofrimento, agonia,
O amor de Platão

Quem me dera chamar-te de musa
Em sonetos e coisas que tais
Uma escrita solene e confusa
Com palavras a mais

(Refrão)
Eu não sou poeta, não
Não sou poeta
Nunca fui um grande sofredor
Eu não sou poeta, não
Não sou poeta
Não te sei falar de amor

Mas seu eu fosse poeta dotado
Ou se ao menos julgasse que sim
Falaria com um ar afectado
Aprenderia Latim

Só faria canções eruditas
E se as ditas ninguém entendesse
Rematava com frases bonitas
P'ro que desse e viesse

(Refrão)

Curiosidade: "Eu Não Sou Poeta" era o lado B do primeiro single de Carlos Paião. "Inspirada na minha paixão", o nome do livro de Maria do Deserto, foi retirado da letra desta canção.

sábado, 12 de setembro de 2009

Ana


Ana gravou o tema "Ilusão" em 1989.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Há Vida Depois da Morte

Na sua aparente fragilidade ele foi mais forte do que a morte, que não jogou limpo e perdeu, porque ele ficará sempre vivo na memória dos que o conheceram e admiraram".

A frase pertence a Mário Martins que em 1978 descobriu Carlos Paião, para muitos um dos melhores compositores portugueses da segunda metade do século XX, o homem do "Play-Back", das "Trocas e Baldrocas", do "Pó de Arroz" e dos "Versos de Amor", capaz, como (muito) poucos, de escrever, num dia uma canção para Herman José e no seguinte uma outra para Amália Rodrigues, sempre com o mesmo invulgar sentido melódico e de domínio da língua portuguesa.

Carlos Paião desapareceu num trágico acidente de viação, aos 31 anos, ironicamente esmagado pela aparelhagem e pelas colunas de som que transportava no carro, faz hoje precisamente 15 anos, um dia depois do não menos trágico incêndio do Chiado.

Nessa mesma tarde em que tudo aconteceu Amália Rodrigues definia, com simplicidade, emocionada, à agência Lusa, o autor de "O Senhor ExtraTerrestre", fado que gravara seis anos antes: "Ele era uma pessoa cheia de talento e de vida".

Qualidades invulgares

E pouco mais (que já é muito) haverá para recordar ainda hoje senão o talento e a alegria de viver daquele que, na opinião de David Ferreira, director-geral da sua editora, a EMI-Valentim de Carvalho, "sempre revelou uma invulgar mistura de talentos artísticos e qualidades humanas".

Para aquele responsável "há muito poucos letristas na música popular portuguesa tão bons como Carlos Paião" e acrescenta: "Se me pedissem seis ou sete nomes de escritores de canções que os mais novos deveriam estudar não hesitaria em referir o Carlos", diz.

No dia 26 de Agosto de 1988, a actriz Magda Cardoso, que participara no júri do concurso "Com Pés e Cabeça" juntamente com Carlos Paião, confrontada com a morte do cantor, afirmava, por seu turno, que jamais deixaria de ser sua amiga. “As pessoas desaparecem mas não morrem no nosso coração". E assim tem sido. Desde sempre. Carlos Paião continua bem presente na memória colectiva de um País que cedo se deixou render a canções como "Play-Back", "Souvenir de Portugal", "Marcha do Pião das Nicas", "Prás Sogras que Encontrei na Vida", "Cinderela", "Vinho do Porto" e "Pó de Arroz".

Ironia do destino, ou não, o facto é que Carlos Paião vendeu mais depois da sua morte do que em vida. Curiosamente, hoje chamam--no artista, o rótulo ao qual sempre fugiu. Segundo dados da Associação Fonográfica Portuguesa a verdade é que os principais galardões de Carlos Paião datam dos anos posteriores a 88. Antes disso só mesmo o single "Play--Back" havia atingido a marca da prata e do ouro. Tudo o mais veio depois da sua morte, nomeadamente em 89 com o single "Quando as Nuvens Chorarem" - prata (20 mil cópias) e ouro (30 mil), em 90 com o álbum "Intervalo" - prata, em 91 e 92 com "O Melhor de Carlos Paião" - prata e ouro respectivamente, e, já este ano, "Letra e Música 15 anos depois" - prata e ouro.

“Hoje seria brilhante”

Gravado por nomes tão diferentes como Herman José, Dina, Cândida Branca Flor, Amália Rodrigues, Nuno da Câmara Pereira, Trio Odemira, Octávio de Matos e Joel Branco, Carlos Paião talvez nunca tenha recebido em vida o mérito que merecia, mas hoje o seu talento é reconhecido por todos.

"Como intérprete, acho que o Carlos nunca vendeu na medida do talento que tinha, mas devo dizer que, como autor e compositor, era ainda muito superior e a melhor homenagem que hoje lhe posso prestar é não fugir à verdade", declara Tozé Brito, Administrador da Universal Music Portugal, que conheceu Carlos Paião quando este escreveu a "Canção do Beijinho" para Herman José, então artista da Polygram. "Foi na escrita que ele foi totalmente inovador. Se hoje fosse vivo não tenho dúvida de que seria um dos compositores mais requisitados. Seria brilhante".

A propósito, David Ferreira recorda a prontidão e a rapidez com que Carlos sempre escreveu, simplesmente com talento, e lembra um episódio. "Uma sexta-feira pedimos-lhe um hino não oficial para a participação portuguesa no México 86 e na segunda-feira seguinte ele apareceu com o 'Bamos lá Cambada', que é talvez o melhor que já tivemos no futebol", confessa o administrador da EMI que, ainda hoje se emociona quando pensa no dia 26 de Agosto de 1988.

"Nesse dia houve uma rádio que me ligou a pedir-me um depoimento e eu lembro-me de que, no meio da entrevista, tive de parar para chorar a morte de um homem que sempre me fizera sorrir".

TOZÉ BRITO: NUNCA O VI MAL COM A VIDA

“Ele tinha uma alegria de viver muito grande. Não me lembro de ter visto o Carlos Paião mal disposto uma única vez. Nunca o vi de mal com a vida. Era uma pessoa extremamente positiva. Como músico era brilhante e a sua morte foi uma das maiores perdas para a música pop. Pouca gente escreveu para a Amália Rodrigues, e ele fê-lo. Recordo-me daquele dia bem de mais. Ouvi a notícia da sua morte quando ia na estrada. Estava na ressaca dos meus anos (o meu aniversário é a 25) e só pensei que podia acontecer-me a mim”.

NUNO DA CÂMARA DE PEREIRA: ESCREVIA COM NINGUÉM

“Fiz vários espectáculos com o Carlos Paião e por várias vezes partilhámos o mesmo palco. Era uma pessoa extremamente dedicada à família e chegava a levar os pais para os espectáculos. O Carlos era um grande compositor, que sabia escrever como ninguém e dominava até o vocabulário mais popular. Dele gravei os temas originais ‘Não Cantes Esse Fado’ e ‘A Marcha do Castelo’. Na altura da sua morte, o Carlos era o artista com quem mais convivia. Naquele dia achei que tinha morrido um ‘puto’. Foi um choque”.

ANA BOLA: MUITO ORIGINAIS

“Guardo as melhores memórias do Carlos Paião. Curiosamente, era uma pessoa muito tímida, mas observadora. O que me lembro dele é que era uma pessoa muito bem educada e muito bem formada. Fiz parte do coro do ‘Play-Back’ e nesse ano ganhámos o Festival da Canção. Foi uma experiência muito engraçada porque o Carlos tinha acabado de se casar e foi de lua-de-mel para o Festival da Eurovisão. Hoje, acho que se deve recordar a sua obra profissional porque fez na música ligeira algo de muito original”.

Miguel Azevedo / Correio da Manhã - 26/08/2003

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Peter Petersen


Peter Petersen era um dos elementos do coro da canção "Playback". Lançou alguns singles tendo contado com a colaboração de Carlos Paião que era seu vizinho.

Tarde Demais/Olá Lisboa - Peter Petersen (Single, VC, 1982) - (letras de carlos paião e música de Shegundo Galarza)


- Com "Tarde Demais" participou no 1º Festival da Canção da Rádio Comercial (1981).

- Também participou no Festival da Canção do Illiabum (Ílhavo).

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Piano Bar

Tema interpretado ao vivo no programa "Piano Bar" da autoria de Simone de Oliveira.

http://opodearroz.blogspot.com/2009/02/imagina.html

ver o video

http://www.youtube.com/watch?v=O6NlseFyPpc

"Artista Reformado"

Provavelmente é o tema que Mário Martins queria que Nicolau Breyner gravasse e que Simone também pensou em gravar.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Pedro Couceiro




Eu Já Namoro/O Meu Avozinho - Pedro Couceiro (Single, EMI, 1983)

Florbela Queirós



A Corneta do Tó/Vamos À Bola - Florbela Queirós (Single, Polygram, 1982) 2063083

terça-feira, 21 de julho de 2009

Canções de Carlos Manuel Marques Paião

Pesquisa de Autores/Associados (site da SPA)
http://www.spautores.pt/Pesquisas2.aspx?Detalhe=1&UserCod=1&UserID=6308


Carlos Manuel Marques Paião

A LAS PIEDRAS
A UM AMIGO
ADEUS MEU PUBLICO
AH FADISTA
AI FADINHO
AI QUE PENA
AI SE EU QUISESSE
ALGUM LUGAR
AMAR E MAIS
AMIGO BRASILEIRO
AMIGOS EU VOLTEI
A AMIZADE
AMOR ESPERO POR TI
AMOR VIVIDO
APAIXONADO
AQUI
ARCA DE NOÉ
ARCO IRIS
ARTISTA REFORMADO
ÁRVORE AMIGA

BAILARICO
BAILARINA
BEIJO ROUBADO
BRINCADEIRAS DA ALDEIA

CAIU REDONDA NO CHÃO
CAMINHAR
CANÇÃO DA ULTIMA IDADE
CANÇÃO DO BEIJINHO
CANÇÃO DOS CINCO DEDOS
A CANÇÃO POR FAZER
CANÇÃO UNIVERSAL DA ESPERANÇA EM PORTUGAL
O CANGURU
CANTA SAMANTA
CANTIGA DA BOLA
CANTIGA DO PETRÓLEO
CANTIGA DO XADREZ
CANTIGAS DA MINHA ESCOLA
CANTIGAS DA NOSSA TERRA
CANTOR DA TV
O CAPUCHINHO
CATERINA
CEGONHA
A CIDADE
CIDADE DE LISBOA
A CORNETA DO TÓ
CRISTO REI
OS CROQUETES

DANÇAR NA RUA
DE MAO EM MAO
DESENCANTOS
DOMINGOS DE SOL

E É DE GRAÇA
É NATAL
É SÓ TABACO
É TAO GIRO
É TARDE DEMAIS
ELA QUER AMOR
ELES FORAM TAO LONGE
EM LUA DE MEL
ENGARRAFAMENTO
ENTÃO COME SE OU NÃO
O ESPÍRITO
ESTE DIA E MAIS UM DIA
ESTICA LARICA
EU JÁ NAMORO
EU NÃO SEI DE TI EU NÃO SEI DE TI
EU NÃO SOU POETA
EU SOU O HERMAN JOSÉ

FADINHO DO TURISTA
O FADO E FIXE
FADO REGUILA
FALTA DE AR
FAZ COMO EU TE DIGO
FEITO NUM OITO
A FESTA COMEÇA PARA NÓS OS DOIS
FIM DE FESTA
FLY ME TO THE MOON
O FOGUETE
FUTREZINHO

A GENTE CRESCE CRESCE
GIRA DISCOS
GUINESS

HINO DOS COMILÕES
HISTORIA LINDA
HOMEM QUE MORREU POR FALTA DE ASSUNTO
HORTÊNCIA PLUMBEA

ILUSÃO
INTERVALO

O JAQUIM FOI SE A ELA

KEK

LÁ LONGE SENHORA
LISBOA E UM MALMEQUER
LOBO DO MAR
LUA DE MEL

MAÇARICO
MAR DE ROSAS
MARCHA DO CASTELO
MARCHA DO PIÃO DAS NICAS
MARCHA DOS EXCURSIONISTAS
MEIA DÚZIA
MESMO ASSIM
O MEU AVOZINHO
O MEU CARINHO
MINHA ESCOLA
MIQUELINO I
MUITO MAIS
MULHER MULHER
MUSICA
MUSICA COMPASSOS PERDIDOS

OS NAMORADOS
NÃO DESCALCES OS SAPATOS QUE AINDA TENS
NÃO E NINGUÉM
NÃO HÁ DUAS SEM TRÊS
NÃO ME CANTES ESSE FADO
NÃO ME CHAMES MEU AMOR
NÓS HAVEMOS DE CANTAR
A NOSSA SERENATA
O NOSSO POVO
NOSTALGIA
NOVES FORA
NOVO ZÉ POVINHO

O SENHOR EXTRATERRESTRE
O TRIPAS NÃO BEBAS MAIS
OLÁ LISBOA (CIDADE AO PÉ DA VIDA)
ORA TOMA
ORIGENS
OUR FANCY ROCKIN
OUTRO MUNDO

PALAVRAS CRUZADAS
PARECE QUE E BRUXO
PART TIME
PASSEIO DE CHARRETE
PECADO CAPITAL
PEDRO E PAULINA
PEDRO E PAULINA CANTE VOCÊ MESMO
PERFUME
PESADELO
PIC NICK
PIMENTA MALAGUETA
PIQUENIQUE
O PIRATA E O TESOURO
PLAY BACK
PLAY BACK (VERSÃO INGLESA)
PÓ DE ARROZ
POLITICIANS
PÓLVORA
PORT WINE
PORTUGAL A PENA
A PRIMA DA PANTERA COR DE ROSA

QUANDO ALGUÉM DISSER O SIM
QUANDO AS NUVENS CHORAREM
QUANTO MAIS TE BATO
QUATRO MAÇOS

REBUÇADO
REFILAR FAZ MAL A VESÍCULA MAIS O DIABO
ROCK DO GAGO
ROMANCE

A SALA ESTA VAZIA
SALADA DE ALFACE
SAY WHAT YOU FEEL
SE TU VIERES COMIGO
SEGREDO
SETE E MEIA SETE E MEIA
SÓ PORQUE SOMOS LATINOS
AS SOGRAS QUE ENCONTREI NA VIDA
SOL MAIOR
SOUVENIR DE PORTUGAL
SUPER ZEQUINHA

TALVEZ
TANGO PARA PORTUGAL
TELEFONIA NAS ONDAS DO AR
TEMA AFRICANO
TEMPESTADE DE CIUME
TEMPO
TENHO O ESCUDO A MINHA FRENTE
O TEU CARINHO
TÍMIDO
O TO KATRINTAS
TONY SILVA
TROCAS E BALDROCAS
TU NÃO ME ENERVES
TUDO ACABOU
A TV

U XUTU NU COISU
UM CARRO SÓ MEU
UM POEMA IMPORTANTE
UM POUCO DO TEU AMOR
UMA ÁRVORE UM AMIGO
UMA VEZ MAIS
VAMOS A BOLA
VAMOS DANÇAR NA RUA
VAMOS PARAR O TEMPO
O VELHO BONZÃO
VEM DANÇAR ESTE SLOW
VENTO VENTINHO
A VIDA QUER A VIDA MANDA
VINHO DO PORTO (VINHO DE PORTUGAL)
VISON
VIVA A COBOIADA
VIVER VIVER (CHAMAR A TODA A GENTE MEU IRMÃO)
VOLTA A VOLTA

ZERO A ZERO

HERMAN TOTAL (VIDEO)
TANTAS CANÇÕES DO PAIÃO

Nota: retiraram-se algumas que estavam em duplicado mas poderão existir outras nas mesmas circunstâncias.

É curioso a inclusão de várias letras em inglês e "Port Wine" poderá ser uma versão em inglês da canção "Vinho do Porto".

Outro nome curioso é "Rock do gago" já que associa o género musical à canção.

Alguns das canções poderão corresponder a canções inéditas estando na lista  as que foram gravadas após a morte de Carlos Paião ou outras que são conhecidas de vários testemunhos ("Guiness" por exemplo).

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Pedro Brito


O álbum "Novo Canto Português 2", editado em 2008, inclui o tema "Tempo" com música de Pedro Brito e letra de Carlos Paião.

Este disco inclui duas homenagens pessoais de Pedro Brito a Carlos Paião e João Fezas Vital.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Inspirada Na Minha Paixão Carlos Paião 1957-1988


Testemunhos, fotografias do próprio e dos seus objectos, partituras, cópias dos cadernos de Matemática. Está tudo reunido num livro que conta a vida da Carlos Paião.

A autora de "Inspirada na minha paixão – 1957-1988" é uma fã da mesma geração de Paião e pretende, com a obra, cumprir "a homenagem que falta" ao artista.

Maria do Deserto, repórter fotográfica é uma confessa apaixonada pelas letras e pela fotografia, nasceu três anos depois de Carlos Paião. Afirma que a "paixão e admiração pelas letras e músicas" do "artista" foram uma constante na sua vida, apesar de nunca o ter conhecido. A autora lamenta que o país nunca tenha homenageado Carlos Paião, "um artista com características raras no panorama português".

A ideia de reunir em livro a curta vida de Paião surgiu há cerca de dois anos. A obra reúne testemunhos dos familiares mais próximos do músico, desde que nasceu, em Coimbra, e da sua vida, primeiro em Ílhavo e depois em Lisboa.

Maria do Deserto identifica Paião como "um bebé bem disposto" e um adulto com um sentido de humor "muito grande" que não conhecia a palavra "não". “Um ser humano sempre pronto para ajudar toda a gente, que ensinava os colegas de escola".

Maria do Deserto define Carlos Paião como "um anjo que passou pela Terra e que em pouco tempo cumpriu a sua missão". Durante a execução desta obra, a autora recorda que teve momentos em que necessitou "de se afastar para chorar".

O capítulo mais difícil de fazer foi o da morte de Carlos Paião, explica a autora.

A biografia conta também com um capítulo com testemunhos dos pais, da viúva e de outros familiares próximos do artista, bem como, testemunhos de algumas personalidades "que se cruzaram com Paião" como Simone de Oliveira, Ramón Galarza, Nicolau Breyner, Ruy de Carvalho, Pedro Couceiro, Filipe La Féria, Olga Cardoso, Bagão Félix, Herman José, entre outros.

Com prefácio de António Sala, a biografia de Carlos Paião é apresentada hoje no Centro Cultural de Cascais, a terra onde vivem os pais do artista. O livro é publicado pela Literatura em Movimento.
«Inspirada Na Minha Paixão Carlos Paião 1957-1988» é a primeira obra de Maria do Deserto, uma fotojornalista que desenvolve trabalhos também na área da pintura e da escrita.

Edição em capa dura, inclui fotos a cores em papel de elevada qualidade. Inclui CD-ROM interactivo.
A obra contem testemunhos de varias pessoas que se foram encontrando por uma razão ou por outra ao longo do tempo com Carlos Paião, podemos assim encontrar familiares, amigos de infância e de profissão e pessoas relevantes no mundo artístico tais como António Sala, Ramon Galarza, Simone de Oliveira, Nicolau Breyner, Carlos Quintas, Pedro Couceiro, Pedro Calvinho, Henrique Feist, Olga Cardoso, Tozé Brito, Luís Andrade (RTP), Bagão Felix, Luís Filipe (Aguiar), Lenita Gentil, Florência, Ana, Mara Abrantes, Peter Petersen, Luís Arriaga, Rui Nova, Herman José, Filipe La Féria, Rui de Carvalho, Joel Branco.

sábado, 4 de julho de 2009

Sem Playback - Novas Vozes Carlos Paião


Uma turma de produção de eventos da Restart produziu, em 3 de Julho de 2008, no Cabaret Maxime, um espectáculo dedicado à música portuguesa da década de 80. O mote passou por uma homenagem a Carlos Paião. Tratou-se de um concurso, onde oito concorrentes interpretaram oito musicas deste músico.

http://santosdacasa.blogspot.com/2008/06/concurso-para-lembrar-carlos-paio.html

Sem playback: novas vozes para Carlos Paião

Tirem do armário as sabrinas, os macacões azul-piscina, o casaco brilhante... Não, não é uma cena dos anos 80...não vamos para o arraial mas sim para a discoteca. O som “cool” made in Portugal para mostrar que a canção portuguesa não é só festival.

No início da década de 80 as ondas hertzianas traziam até nós os primeiros acordes da Pop que se fazia “no estrangeiro”, ao mesmo tempo nascia o rock português e o festival RTP da canção era instituição nacional acima de qualquer suspeita. Por essa altura, um dos mais prolíferos compositores e letristas portugueses escrevia algumas das canções que viriam a definir o imaginário da canção ligeira portuguesa dos anos 80.

Tendo concluído a licenciatura em Medicina, na Universidade de Coimbra, Carlos Paião cedo abandonou a carreira por amor à música, nas palavras do cantor “prefiro ser um bom músico, ao invés de ser um mau médico”. Dono de um humor inteligente, ainda hoje actual, tornou-se o cérebro e a mão por detrás do repertório de figuras eminentes do entretenimento nacional, chegando a escrever por exemplo para Amália Rodrigues, conhecida apreciadora das suas letras.

Sem promover um saudosismo bucólico ou nostálgico da memória de Carlos Paião, Sem Playback quer relembrar e dar a conhecer às gerações mais novas um pouco da obra deste artista que, durante a sua curta carreira compôs mais de 500 canções.

Sem playback é um concurso / espectáculo musical em que 8 concorrentes / cantores interpretarão outras tantas canções de Paião. A originalidade e criatividade serão os critérios preponderantes para a avaliação das interpretações. Uma banda suporte assegurará ao vivo a base instrumental, trabalhando novos arranjos, trazendo para a actualidade a riqueza e diversidade do repertório do autor.

A música salta depois para a pista de dança, onde um colectivo de Djs vai redescobrir e desenterrar outros tesouros da canção ligeira portuguesa das últimas décadas.

O espectáculo realizar-se-á no dia 3 de Julho de 2008 no Cabaret Maxime em Lisboa.

http://www.myspace.com/semplayback

(ouvir versões "Sem Playback" de "Cinderela" e "Zero A Zero")

http://vids.myspace.com/index.cfm?fuseaction=vids.individual&VideoID=55714872

“Podes não saber cantar, nem sequer assobiar”... mas vais ter de ser criativo e muito original se o “Sem Playback” quiseres ganhar. Esta é a condição para o concurso/ espectáculo musical organizado por uma turma da Restart, escola de criatividade e novas tecnologias, em que oito concorrentes se propõem interpretar oito canções de Carlos Paião.

“Queremos contribuir para a construção da memória da música ligeira portuguesa, ora através da recuperação da sua história, ora procurando relembrar uma personalidade de relevo, dando voz a novos artistas”, garante a Turma3. (Time Out)

terça-feira, 30 de junho de 2009

Zaida Cardoso

Quem não se lembra do "Play-back", da "Canção do Beijinho", da "Marcha do Pião das Nicas" ou da "Cinderela"? Músicas de Carlos Paião que agradaram e continuam a agradar pequenos e graúdos de hoje e de outros tempos. Conheça melhor o artista que marcou a música portuguesa.

Carlos Paião, cantor e compositor português, foi um dos artistas mais multifacetados do seu tempo e deixou profundas marcas na música portuguesa. Compôs todo o tipo de músicas desde temas galardoados no Festival da Canção ("Play-back"), ao hino [não oficial] da Selecção Portuguesa de Futebol em 1986 ("Bamos lá, Cambada!"), passando pelos êxitos do conhecido Serafim Saudade.

A 26 de Agosto de 1988 Carlos Paião perdeu a vida num trágico acidente, a caminho de um espectáculo em Leiria, na antiga EN1, actual IC2. Na altura, surgiu o boato de que na ocasião do seu funeral não estaria morto mas sim em coma, no entanto a violência do acidente por si só nega o boato, já que a sobrevivência seria impossível. O boato sobre o facto de o artista ter sido sepultado vivo permanece até aos dias de hoje mas, em entrevista ao SAPO, Zaida Cardoso, viúva de Carlos, explica que era impossivel ele ter sobrevivido ao acidente.

Antes de morrer, Carlos Paião estava a preparar um novo álbum intitulado "Intervalo", que acabou por ser editado em Setembro desse mesmo ano, e cujo tema de maior sucesso foi "Quando as nuvens chorarem", tema favorito de Zaida Cardoso com quem esteve casado 7 anos.

Hoje, passados 20 anos da sua morte, é lançada uma biografia oficial com toda a história de Carlos Paião.

Reportagem: Rita Afonso e Frederico Batista / Sapo 03/12/2008

Video

http://videos.sapo.cv/bSiqlG9YOHdcYaWroFAK

Cassete com os temas "Quando As Nuvens Chorarem", "Perfume", "Cegonha" e "Lá Longe Senhora". http://joaocomemasfala.blogs.sapo.pt/2007/12/

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Alexandra Cruz

Amigos eu voltei
A vida quer, a vida manda
Vamos parar o tempo

(CD, Movieplay, 1993)

Fonoteca

 Três temas de Carlos Paião aparecem no álbum "Teu Corpo É Veneno" de Alexandra Cruz. "Amigos Eu Voltei" foi um dos tema que Carlos Paião enviou ao Festival RTP da Canção de 1980.

terça-feira, 23 de junho de 2009

A Canção da Minha Vida


Durante 8 programas, o público e muitas caras conhecidas elegeram qual a música portuguesa que ficou na memória e mais marcou a vida dos portugueses.

Com apresentação de Isabel Angelino, A Canção da Minha Vida foi transmitida entre 22 de Julho de 2006 e 9 de Setembro de 2006. A canção vencedora foi Cinderela de Carlos Paião.

Foi editada uma compilação com algumas das versões apresentadas

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O novo programa da RTP para as noites de sábado

Com a ajuda do público e a participação de muitos rostos conhecidos, vamos descobrir qual a música portuguesa que constituiu a referência, ou, o tema que mais marcou a vida dos portugueses.

Através da votação dos espectadores, vamos criar uma tabela com os 35 temas que mais significado tiveram na vida dos portugueses. De Amália aos Xutos & Pontapés, de Paulo de Carvalho aos Da Weasel, do Quarteto 111 a Rui Veloso…todos os nomes, todas as memórias e toda a alegria da música irão passar por aqui.

Para elegerem o seu tema favorito, os espectadores terão à sua disposição uma linha telefónica própria – 760 100 365 – assim como um site na Internet através do qual poderão participar por correio electrónico.

Ao longo de sete programas, caminharemos para uma Grande Gala Final destacando as músicas eleitas pelo público com a presença de vários convidados. Entre estes, estarão também muitos nomes famosos que irão defender os seus temas de eleição.

Para nos ajudar a recordar os temas e a percorrer as canções que, por uma ou outra razão, marcaram a vida dos portugueses, teremos a presença de cantores residentes já bem conhecidos do grande público: Henrique Feist e Dora, assim como David Ripado e Sofia Barbosa, duas das maiores revelações da “Operação Triunfo”. Estas vozes serão acompanhadas pela Orquestra do programa, dirigida pelo Maestro Nuno Feist.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

António Mourão

Fado-Reguila/É Natal (Tem de Haver Tempo Para Amar)- António Mourão (Decca/VC, 1979)

Produção de Mário Martins

Canções creditadas a Carlos Manuel Marques (Deve ser o primeiro disco gravado com canções da autoria de Carlos Paião)

Fado Reguila
É Natal (Tem de Haver Tempo Para Amar)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Mísia

O primeiro LP de Mísia, "Mísia", lançado em 1991 pela EMI, inclui o tema "Ai Que Pena" (Mário Martins - Carlos Paião)

Só uma pena me assiste / Só uma pena me assiste / E me alaga de tristeza / Não ser toalha de linho / Não ser loalha de linho / A cobrir a tua mesa / Não ser o jarro de vinho / Não ser o jarro de vinho / Não ser a fruta ou o pão / Nem ser o talher de prata / Nem ser o talher de prata / No calor da tua mão / Só uma pena me assiste / Que pena, que pena / Não ser o pão que tu comes / Que pena, que pena / Com esse trigo amassado / Mataria duas fomes / Ai que pena / Só uma pena me assiste / Que pena, que pena / Não ser convidado à mesa / Que pena, que pena / P'ra te encher de coisas doces / O prato da sobremesa / Ai que pena / As penas são os critais / As penas são os critais / Desta ceia cintilante / Mesmo amando-te demais / Mesmo amando-te demais / Nunca o amor é bastante /Nunca se morre de fome / Nunca se morre de fome / A mingua o amor resiste / Mordo com raiva o teu nome / Mordo com raiva o teu nome / Só esta pena me assiste.

http://www.misia-online.com/official/textes/misia-pt.pdf

http://www.misia-online.com/official/ecoutez/1991-01.mp3

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Play-back






















O Foguete

Ficha IMDB

Programa de variedades passado num comboio (Foguete) que era apresentado por Carlos Paião, Luis Arriaga e António Sala. Os três cantavam o genérico que foi lançado em single.

Fernando Mendes estreou-se em televisão neste programa que aliava a música ao humor: «Foi aos 19 anos, num programa de música portuguesa que se chamava "O Foguete", com António Sala, Luís Arriaga e o meu querido amigo Carlos Paião». fonte: CM
«Teve uma critica muito violenta e vendo-a agora, dou-lhe razão. Não foi bem entendido, foi um tiro de pólvora seca». António Sala ao DN, 2007

sábado, 16 de maio de 2009

Letra e Música: 15 anos depois


Letra e Música: 15 anos depois (Compilação, EMI, 2003)

CD 1

01. Play-Back
02. Souvenir De Portugal
03. Ga-Gago
04. Zero-a-Zero
05. Marcha Do "Pião Das Nicas"
06. Meia -Duzia
07. Telefonia Nas Ondas Do Ar
08. Tenho Um Escudo A Minha Frente
09. Não Há duas Sem Três
10. Prás Sogras Que Encontrei na Vida
11. Refilar Faz Mal à Vesícula, Mais o Diabo a Sete
12. Quatro Maços (É Só Tabaco)
13. O Foguete
14. Vinho do Porto (Vinho De Portugal)
15. Eu Não Sou Poeta
16. Cinderela
17. Lá Longe Senhora
18. Só Porque Somos Latinos
19. Perfume
20. Muito Mais

CD 2

01. Pó De Arroz
02. Discoteca
03. Quando as Nuvens Chorarem
04. Versos De Amor
05. Mar De Rosas
06. A Razão
07. Cegonha
08. Os Namorados
09. História Linda
10. Caiu Redonda no Chão
11. Canção dos Cinco Dedos
12. Arco Íris
13. Lobo do Mar
14. Intervalo
15. Bailarina (Nunca te Direi)
16. De Mão em Mão
17. Caminhar

Imagens/Design: Transglobal

Redescobrir Carlos Paião em duplo CD a lançar segunda-feira

"Redescobrir Carlos Paião" 15 anos após a sua morte é a proposta da EMI-Valentim de Carvalho, que lança segunda-feira um duplo-CD com 37 temas da autoria do cantor, entre eles um inédito.

"A ideia não é um vulgar 'best of`, mas antes chamar a atenção para o tamanho do talento do Carlos Paião", disse à Lusa David Ferreira, da EMI-VC.

O duplo CD "é praticamente a integral do Paião", incluindo o inédito "Caminhar" - "uma espécie de apontamento áudio, isto é, o Carlos tinha uma ideia para uma canção e registava-a de imediato".

Os projectos da editora, que faz uma aposta forte no lançamento deste duplo CD, passam ainda pela gravação de temas do cantor por artistas portugueses."Não no sentido de um tributo a... Mas que nos seus CD a lançar este ano incluam um ou outro tema do Paião, que têm uma actualidade musical extraordinária", esclareceu David Ferreira. A proposta da editora "é que as pessoas redescubram a obra do Carlos".

O nome de Carlos Paião saltou para a ribalta da cena musical portuguesa em 1981 com o tema "Souvenir de Portugal" (incluído neste duplo CD), após o que, nesse mesmo ano, venceu o festival RTP da canção com "Play Back". No ano anterior a sua interpretação de "Amigos voltei" não impressionara o júri do Festival RTP.

"Play Back" obteve o 14º lugar no Festival da Eurovisão e vendeu em Portugal 80.000 cópias.

A ligação de Carlos Paião à EMI-VC deve-se "ao ouvido atento do [produtor discográfico] Mário Martins", que, ao escutar a terceira maquete que Paião enviou à editora, "achou que (...) não era apenas um tipo com piada".

David Ferreira sublinhou "o talento maior de Carlos Paião, por vezes subtil, mas sempre incisivo, e o casamento perfeito entre palavras e música que as suas canções demonstram".

Carlos Paião, "apesar de não saber escrever música, foi um génio para inventar", disse à Lusa Mário Martins, que produziu a maioria dos seus discos.

"O Paião tinha um talento único, de uma imaginação sem limites, capaz de escrever tanto canções mais sérias como

bem-humoradas. O seu senso de humor era em tudo idêntico ao de Alberto Janes", rematou, referindo-se ao autor de "Oiça lá ó senhor Vinho" e "A casa da Mariquinhas".

Mário Martins lembrou ainda que, por sua iniciativa, Amália Rodrigues ouviu uma cassete com temas de Carlos Paião. "Gostou tanto que quis logo gravar alguns deles, eu divulguei isso na imprensa e o nome dele rapidamente saltou".

De Carlos Paião, Amália Rodrigues gravou "Senhor Extraterreste" em 1982.

LUSA

O HOMEM DO PÓ-DE-ARROZ

Tendo Carlos Paião desaparecido há 15 anos, há uma geração ou duas, que nunca privou de perto com aquele que é, seguramente, um dos mais admiráveis, talentosos e divertidos compositores, sem pretensão a ser artista, da música portuguesa. Por isso

nunca nos vamos referir a ele nesses termos. Ele não era artista, nem era poeta, como gostava de referir.

Escreve David Ferreira, na nota introdutória do disco "Carlos Paião Letra e Música 15 anos depois", que hoje chega ao mercado nacional, que Paião "podia ter sido revolucionário, mas não era coisa que lhe interessasse".

PÁGINA DE OURO

E a brincar a brincar, sobretudo com as palavras, Carlos Paião escreveu uma página de ouro na música pop portuguesa e algumas das mais conhecidas canções da música nacional, algumas delas mais populares do que o próprio hino-nacional. E é fácil perceber porquê!

"Pedia-se-lhe à sexta um hino não-oficial para a selecção e à segunda vinha o 'Bamos lá Cambada' (...) Faltava-nos um lado B para o "Play-back" e dava-nos (só) o 'Pó-de-Arroz'", escreve o administrador da editora Emi-Valentim de Carvalho.

À data da sua morte, a 26 de Agosto de 1988, Carlos Paião deixou 500 canções escritas, das quais apenas perto de 50 foram gravadas. Cada uma delas é o espelho de um homem que gostava de fazer rimas e trocar-lhes as voltas, versar o simples e provocar o riso. “Meia-dúzia/Fui sair co’uma medúsia/ Fomos comer carcanhóis/ Pevidinhas e termóis/Regadinhos com tin tóis/Que eu não vou em futebóis (...) Ela pediu-me: hás-de compôr uma canção chamada Meia-Dúzia e eu... compuse-a”, canta no tema “Meia-Dúzia”.

“Eu defendo que o difícil é trabalhar o simples sem dar cabo dele. Complicar e baralhar é bastante mais fácil”, dizia Carlos Paião.

Miguel Azevedo / CM 31/03/2003

Agradecemos à Maria a sua sugestão para uma reedição do primeiro LP de Carlos Paião, Algarismos. Como deve ter reparado, a Som Livre editou há pouco tempo uma compilação deste artista. Qualquer lançamento mais abrangente terá de ser feito em parceria com a EMI Music, que detém as gravações do artista posteriores a 1983 (incluindo singles como "Discoteca" e o segundo LP, "Intervalo") e que lançou há alguns anos aquela que julgamos ser a "edição definitiva" deste artista, o CD duplo "Letra e Música - 15 Anos Depois".

Do Tempo do Vinil 21/01/2008

É a compilação (2 discos) que representa melhor a carreira de Carlos Paião. No disco 1 inclui "as rápidas" e no disco 2 "as lentas". Inclui 18 temas editados em formato single, 7 temas de "Algarismos", 10 temas de "intervalo" (o disco na sua totalidade), 1 tema com Herman José (Serafim Saudade) e o inedito "Caminhar".

Outras Compilações :

Cantigas da Telefonia 1981-1983 (1983) [Carlos Paião/Candida Branca Flor]
O Melhor de Carlos Paião (Compilação, EMI, 1985)
O Melhor de Carlos Paião (Compilação, EMI, 1991) 2CD
Os Singles (Compilação, EMI, 1993) caixa Carlos Paião (3cd)
Pó de Arroz - Colecção Caravela (Compilação, EMI, 1996)
Cinderela - Colecção Caravela (Compilação, EMI, 1997)
Play-Back - Colecção Caravelas (Compilação, EMI, 2004)
Perfil (Compilação, Som Livre, 2007)
Grandes Êxitos ()

A compilação "Perfil", lançada em 2007, inclui apenas canções até 1983 (8 temas de singles e 6 temas do álbum "Algarismos").

quarta-feira, 29 de abril de 2009

João Carlos Callixto

O Carlos Paião está longe de ser um dos meus artistas preferidos, mas há que reconhecer que foi um intérprete e compositor de grande e bem diversificado talento. Sem dúvida, um dos nomes mais importantes da música ligeira portuguesa.

Carlos Paião é, porventura, o único compositor/intérprete, nos anos 80, a revitalizar a canção ligeira portuguesa, que desde o 25 de Abril padecia de mal crónico e que desde a sua morte voltou a padecer do mesmo problema...

8 de Março de 2008

http://guedelhudos.blogspot.com/2008/03/dia-mundial-da-floresta.html

terça-feira, 21 de abril de 2009

Herman na Homenagem a Carlos Paião em Ílhavo


Bamos Lá Cambada


Além de escrever algumas músicas para Herman José, de onde se destaca "Canção do Beijinho", voltaria a colaborar com Herman José em "Hermanias " onde foi o autor das músicas do personagem Serafim Saudade. Voltaria a colaborar no programa "Humor de Perdição" de 1988.

Em 1986, Carlos Paião foi convidado pela editora a escrever um hino não oficial da Selecção Portuguesa de Futebol que se apurou para o Mundial do México.

"Bamos lá cambada" é interpretada por Estebes (personagem de Herman, conhecido já desde os tempos do "Tal Canal") e por Carlos Paião, Alexandra, Luís Represas, Dany Silva e por um coro constituído por Diana, Vitorino, Marco Paulo, Peter Petersen e Jorge Fernando.
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Em 1986 Herman José na pele do famoso locutor desportivo do norte José Estebes lança o repto nacionalista em vinil "Bamos Lá Cambada" para que os nossos rapazes lá no México fizessem boa figura... Infelizmente fizeram figuras de urso no que foi considerado o desastre de Saltilho (espécie de Alcácer Quibir do Futebol, aliás até perdemos com Marrocos). Nada no entanto fazia prever tal desenlace e apoio foi o que não faltou...Para este "Hino" José Estebes teve a melhor equipa de sempre, senão vejamos: o grande Carlos Paião (música, texto), um quarteto de óptimos solistas (Luis Represas, Alexandra, Dany Silva, Carlos Paião) e ainda como partipantes do coro alguns nomes sonantes (Marco Paulo, Vitorino e Jorge Fernando). Como é agora habitual dizer - Foi melhor o resultado (o disco) que a exibição! Para quem sempre foi apreciador do nosso saudoso Carlos Paião aqui fica um excerto da letra que vem impressa na contracapa: "...Tragam as gaitas, as bandeiras e a pomada / Vamos dar-lhes uma abada / Ensinar-lhes o que é bom / Vamos mostrar a esses escarafunchosos / Em momentos gloriosos / Quem é a nossa selecção..."