sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Brandit


Brandit

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Fotobiografia

O coração é mais forte do que qualquer memória que se apaga lentamente, nas páginas da nossa existência. Como o sopro que nos envolve de mistério, com o tempo a memória esgota-se na penúria do esquecimento. Esta é uma verdade que acompanha a história da humanidade e como tal, escolhi a voz do coração, para homenagear um grandioso homem e artista português, após 50 anos do seu nascimento, revelando factos, emoções, desafios e aventuras que marcaram a sua breve caminhada neste mundo.

A tentativa de imortalizar a sua imagem e vivência, ainda que aparentemente utópica, é o resultado duma enérgica vontade de reactivar de uma forma profunda, o sentir o outro como parte integrante da nossa existência. Vivemos numa sociedade em que o indivíduo tem dificuldades em se reconhecer a si mesmo, de conhecer aqueles que o rodeiam, desaproveitando a riqueza do contacto humano, negando um altivo lugar às mentes geniais, aos bafejados dum dom quase sobrenatural, que fazem renascer a beleza dum universo perdido. Esta é a dura missão dos que criam os mundos da ilusão, que se entregam à voraz sorte, mas que nunca desistem do fogo de sonho que trazem na alma, tornar a vida mais feliz e o mundo mais justo!
Carlos Paião era um artista inspirado por uma força maior, que colocou a música num pedestal e fez dela a musa guerreira, que ecoava verdades silenciadas na sua inquietude; a arma poderosa que arrebatava as injustiças; o veículo escolhido para rasgar a sua longa caminhada, em busca duma existência mais útil e perfeita! Sendo um comum mortal, com fraquezas inerentes, transcendia essa sua condição com uma arrebatadora paixão pela vida, uma fervorosa vontade de entregar ao universo, tudo o que de mais nobre e altivo florescia em si. O seu cândido sorriso era a revelação sempre presente, duma forma exclusivamente positiva de encarar a vida, como se esta fosse uma dádiva, à qual se pretendia entregar sem limites.
Era um homem tímido e observador, que mantinha de perto a família, pois esta era o pilar do seu equilíbrio. Humilde na forma de ser, nunca se envaideceu pelos múltiplos talentos que detinha ou pelos tributos conquistados. Artista multifacetado, foi inovador na música que escrevia para tantos cantores de renome do nosso país.

Alguém excepcional como Carlos Paião com invulgares qualidades humanas, levou ao mundo o que de melhor se fazia musicalmente em Portugal e infelizmente, não viveu o suficiente para sentir do povo que tanta amava, o reconhecimento merecido. Sabemos que a sua vasta e talentosa obra só conheceu a fama e a glória após a sua morte, quando já não estava entre nós, para deixar brotar a lágrima de felicidade, dum humilde obrigado.

A sociedade dos homens é uma realidade contraditória, que deixa adormecer nas várias lápides do tempo, as vozes que plantaram os sonhos que ainda hoje bebemos. Ainda vamos a tempo de contrariar esta tendência nefasta, pois é em vida que o poeta, o criativo, o artista, o génio deve ver reconhecido o seu valioso contributo para a humanidade. Enquanto a cegueira se recolhe nesta controvérsia, tentamos prestar a homenagem como recompensa da nossa infinita falha.

Esta é a minha missão, exigente mas à qual darei o meu melhor contributo, abraçando a verdade e tentando derrubar qualquer dúvida ou mito criado em torno desta honorável figura portuguesa da 2ª metade do séc. XX.

Maria do Deserto

autora da Fotobiografia sobre Carlos Paião

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Carlos Paião e Fotobiografia de Maria do Deserto

CARLOS PAIÃO

Carlos Paião teve de nascer em Coimbra porque o parto foi de cesariana e englobava algum risco. Viveu em Ílhavo (terra dos pais) até aos 7 anos. Por questões profissionais do Pai foram viver para Lisboa onde estudou.

Era músico autodidacta tendo começado a tocar desde muito cedo. Estudou Medicina em Lisboa tendo acabado o curso por conselho de familiares. Formou-se em 1982/3 mas nunca chegou  a exercer embora tenha feito alguns trabalhos da faculdade no Hospital de Cascais e noutros.

Deixou cerca de 600 canções. A editora chegou a pensar lançar um livro com as letras mas o projecto não seguiu para a frente.

CURIOSIDADES

Várias vezes foi realçada a actualidade das letras na entrevista à Rádio Portugas.

Canta a canção "Vinho do Porto" com Candida Branca-Flor, no Festival da Canção realizado no Porto, porque ela assustou-se com o tamanho da letra. No CD que acompanha a Fotobiografia, da autoria de Maria do Deserto, aparece uma versão instrumental desse tema que foi encontrada pela mãe do cantor numa cassete antiga.


FOTOBIOGRAFIA

A autora diz que Carlos Paião merecia um LIVRO com qualidade. O objectivo principal foi deixar um testemunho do artista. Trata-se de uma obra de luxo em edição limitada. Com o tempo irá tornar-se uma edição mais valiosa e não será reeditada neste formato.

A obra tem 260 fotografias. Muita da informação e fotografias foram recolhidas junto dos Pais do cantor que ainda estão vivos.

A preparação do trabalho durou cerca de 2 anos. Maria do Deserto teve várias situações em que começava a tocar música de Carlos Paião no rádio quando recebia chamadas de familiares do cantor.

Maria do Deserto lançou o repto para que cada vez mais pessoas conheçam a música de Carlos Paião.

[Alguns dados obtidos nas entrevistas de Maria do Deserto à TSF e Rádio Portugas]

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Carlos Paião 'vive!'

Programa Mais Cedo Ou Mais Tarde (TSF) de 27/10/2010

Entrevista a Maria do Deserto sobre a Fotobiografia e sobre Carlos Paião

No Mais Cedo ou Mais Tarde de hoje (27/10) falamos de Carlos Paião - faria anos dentro de dias - que ocupa um lugar especial na memória de muitos de nós. Como aconteceu com muitos outros artistas, ganhou mais prestígio depois de morrer e a sua música é hoje ouvida com outros ouvidos. «Cinderela» será provavelmente uma das grandes músicas da música portuguesa.

Muitas das músicas que Herman José popularizou são deste médico, falecido aos 31 anos, num acidente de automóvel.

 No final de 2009 foi lançada uma fotobiografia de Carlos Paião e sua autora, Maria do Deserto, é a nossa convidada.

Ouvir a emissão

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1698364

(mais sobre a autora)

Blogue do programa

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Estou Velho

Estou velho
Tão velho
Olho p'ra ti como um espelho
Vejo a vida passada

Estou velho
Mas valho
Muito mais do que alguns jovens
Que dizem ser homens e não fazem nada

Estou velho
Mas disfarço muito bem
Tão velho
Não vás contar a ninguém

Nem tudo acabou
Do que eu fui e não sou
O homem ficou
Ai, ficou, sim, ficou

Ai vida
Que vida
Eu ponho o dedo na ferida
Logo começa a doer

Estou velho
Casmurro
Só teimo no que percebo
E sei o que devo e não devo dizer

Estou velho
Mas disfarço muito bem
Tão velho
Não vás contar a ninguém

Nem tudo acabou
Do que eu fui e não sou
O homem ficou
Ai, ficou, sim, ficou

La la la...

Nem tudo acabou
Do que eu fui e não sou
O homem ficou
Ai, ficou, sim, ficou

Estou velho
Mas disfarço muito bem
Tão velho
Não vás contar a ninguém

Nem tudo acabou
Do que eu fui e não sou
O homem ficou
Ai, ficou, sim, ficou

Título: Estou velho

Intérprete: Nuno da Câmara Pereira
Álbum: Mar português
Ano: 1986

ver video em http://oblogdoanao.blogs.sapo.pt/39360.html

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Octávio de Matos

Octávio de Matos era o convidado especial da peça "O Escabeche" com música de Carlos Paião.