quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

As Canções de Carlos Paião


AS CANÇÕES DE CARLOS PAIÃO (EMI, 2006)

01. Trocas E Baldrocas - Cândida Branca Flor
02. A Canção Do Beijinho - Herman José
03. O Senhor Extraterrestre - Amália Rodrigues
04. Play-Back - Nonstop
05. Refilar Faz Mal À Vesícula, Mais O Diabo A Sete - Os Carrapatos
06. Quanto Mais Te Bato - Ana
07. Sol Maior - José Alberto Reis
08. Eles Foram Tão Longe - Lenita Gentil
09. A Gente Cresce, Cresce - Joel Branco
10. Tudo Acabou - Alexandra
11. Não Me Cantes Esse Fado - Nuno da Câmara Pereira
12. Eu Já Namoro - Pedro Couceiro
13. Ai Fadinho - José da Câmara
14. Ai Que Pena - Mísia
15. Estou Velho - Nuno da Câmara Pereira
16. Lá Longe Senhora - Dulce Guimarães
17. Fado Reguila - António Mourão
18. O Fado É Fixe - Vasco Rafael
19. Viver, viver (Chamar A Toda A Gente Meu Irmão) - Carlos Quintas
20. Bamos Lá, Cambada! - Herman José com Alexandra, Luís Represas, Dany Silva e Carlos Paião

FAIXA BÓNUS Cinderela - Carlos Paião

Em 2006 é editada uma compilação com alguns dos temas escritos para outros artistas e algumas versões dos seus temas.

resumo do disco: 14 colaborações; 4 versões (se considerarmos "Ai Fadinho" de José da Camara); 2 inéditos anteriormente gravados (Misia/José Alberto Reis) . Inclui também "Cinderela" que tinha sido a canção vencedora do concurso da RTP.

Informação constante do site da Rádio Renascença respeitante ao programa António Sala à conversa com João Gobern e Mário Martins sobre Carlos Paião:
Sábado, 25 de Novembro de 2006

Carlos Paião: Um programa para recordar um ícone dos anos 80 em Portugal!

25 anos depois de "Play-Back", António Sala convida o jornalista João Gobern e Mário Martins, que descobriu o músico, para recordar o enorme talento de um dos maiores ícones dos anos 80 em Portugal!

E de facto, nunca saberemos até onde poderia ter ido com o seu talento. Ele que soube, como ninguém, juntar às palavras a música. E, à música, a sua alegria de viver. “Play-Back”, “Pó de Arroz”, “Cinderela” são apenas alguns exemplos da sua criatividade.

Carlos Paião nasceu a 1 de Novembro de 1957 em Coimbra. Aos 5 anos começou a ter lições de acordeão e a partir daí a música nunca mais deixou de o acompanhar. Cresceu a tocar, a cantar e a compor.

A música acabou por se tornar o seu modo de vida, apesar de ter estudado para ser médico. A Medicina foi ficando sempre para trás. Em 1979, era ainda um desconhecido, tinha já guardados na gaveta cerca de 200 temas com possibilidades de vencer no mercado. O primeiro não demorou a ser editado. Chamava-se "Canção do Beijinho" e foi interpretado em 1980 por Herman José!

Romântico, bem-humorado, Carlos Paião só se tornou verdadeiramente popular com “Play-Back”, a canção que o levou ao Festival da Eurovisão em 1981. O single vendeu 80 mil exemplares e depressa se tornou nº1 do “Top” nacional.

Carlos Paião foi autor de muitos temas que outros celebrizaram. Eram dele a música “Bamos lá Cambada”, as canções de Tony Silva ou de Serafim Saudade! E não se limitou à canção. Eram da autoria de Carlos Paião muitos dos “gags” que Herman José celebrizou na TV. Para a Renascença escreveu muitas das "Bocas" do programa “Despertar”.

Em 1982 Amália gravou um maxi-single com dois temas de Paião: “O Senhor Extra-Terrestre” e “O Amigo Brasileiro”. Nicolau Breyner também cantou os seus poemas. Bem como Alexandra, Joel Branco, Dina, Trio Odemira, Carlos Quintas ou António Mourão.

Mas de todos, Cândida Branca Flor foi provavelmente a artista que mais cantou Carlos Paião.

Nos 25 anos de "Play-Back" a EMI decidiu lançar um CD com muitos desses artistas a interpretar essas músicas. Chama-se “As Canções de Carlos Paião”.

Paião morreu a 26 de Agosto de 1988, no dia seguinte ao incêndio do Chiado. Por incrível que pareça, das 500 canções que compôs ao longo da sua carreira, só 50 foram gravadas! E Carlos Paião morreu, ironicamente, um dia depois do grande incêndio ter destruído o arquivo histórico da EMI-Valentim de Carvalho que, como se sabe, foi a editora a que esteve sempre ligado.

Nos anos 80 não será de mais dizer que em Portugal toda a gente sabia cantar (ou pelo menos assobiar!), algum tema de Carlos Paião. É sem dúvida um ícone dessa década que merece a homenagem na Renascença.

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